terça-feira, 26 de junho de 2012

Entretortura



Aplausos soam como orgias mentais. Falsamente manifestam seu estado deplorável de falibilidade e malevolência. Auto-engano. Jurisprudência de causa insana. Corvos e lobos sorrateiramente se manifestam. Fuligem venenosa se espalha na atmosfera mortal. Hierarquia no templo da mediocridade. Famigerado e demagogo discurso. Delírio de múmias putrefatas. Jogo de insolentes. Casa de moribundos. Olhos de abutres ansiosos pela carniça. Palavras distorcidas. Engodo e farsa. Jeito trágico para esconder rostos. Faces que não se mostram. Som arrepiante. Seguem maquiavélicos despindo-se das farpas. Espinhos são beijos. Trocas desmedidas. Alguns gritam ensandecidos. Soberbos de si mesmos. Outros se calam. Vermes desnecessários. Malfadada e hipócrita escolha. Suspeita de atroz cilada. Seguem a dança dos oficiais. Exaltam-se os burocratas. Vergonha e acidez compõem o mesmo caldo. Estranho condimento. O ninho das larvas. Corrosivo destino. Colunas de areia. Château Vent. Passadiço de tempo perdido. Túneis abrasivos. Corpos dilacerados. Mentes prostituídas. Virulência e esquizofrenia. Estado depreciativo. Segue-se a falação. Viva o Cavalo de Tróia! Salve a Empalada! São outros os instrumentos. São novas as torturas. Sagazes e suaves às armadilhas. Maquinaria de tolos. Abrigo das malvadezas. Diminuta lâmina sanguinária. Astuta necessidade diplomática. Aplausos e mais aplausos! Eis a tua sina. Eis a tua planície. Rasteja em teu não-desejo. Violenta a tua mornidão. Derruba as tuas resistências. Os sombrios são avarentos. Os nobres são puros. Segue para a montanha. Desnuda-te! Despe o manto. Deixa emergir a alforria, guerreiro de si mesmo. Rompe os véus. Cria-se a entretortura. Criatura e criador.

DbNog.

Nenhum comentário:

Postar um comentário