terça-feira, 17 de maio de 2011

SOBRE FÉ, SILÊNCIO E INACREDITÁVEL-POSSÍVEL



Quero dizer que o silêncio que vivo é, de fato, um silêncio-fé; um inédito-viável[1]. O silêncio é o que mais profundamente chega ao meu ser, à minha existência. O silêncio é um direito. É assim que o vejo. É meu direito: direito de pensar a mim mesmo, direito de rever a vida, direito de buscar a essência da vida, direito a sonhar com meus direitos. Por isso, não posso deixar de estabelecer uma relação entre essa ideia de inédito-viável e o que o silêncio, neste momento, representa para mim: é a possibilidade do impossível. Sabemos que nesse mundo, construímos mundos, construímos lugares. Meu sonho é a construção de um mundo-possível a partir da construção do meu mundo, do meu lugar no mundo. Eu creio e muito no que virá; eu creio e muito no sonho possível. Eu creio no sonho que o homem alimenta; eu creio no novo que se quer construir. Eu creio no inacreditável! Formidável, iluminador, fantástico esse pensamento. Acreditar no inacreditável. Assim, penso no inédito-viável como possibilidade-sonho e no inacreditável-possível como realidade-vida. O inacreditável nos faz transcender o que vemos e o que vivemos; nos faz olhar para muito além do que está posto; nos faz sonhar para além dos próprios sonhos. Eu sonho. Eu tenho sonhos! Sei que vou realizá-los; sei que eles são inacreditáveis-possíveis; sei que eles são as lindas possibilidades da vida que estão presentes, estão como vir-a-ser nas dimensões que somente a fé tem acesso e pode abrir. Eu creio!

Pós-escrito


Hoje, essa é a minha mais linda oração: creio no inacreditável e recebo o impossível. Lindo isso! Essa oração confirma que meus impossíveis, meus inacreditáveis poderão ser possíveis! Sempre quando volto de outros lugares por onde ando, volto sonhando, volto alimentando a esperança. Nesse momento de silêncio-fé, tão importante para mim, cheguei a pensar que a esperança havia morrido. Que não há esperança. Ao contrário, a esperança é o que alimenta a vida nos sonhos-possibilidades, é o que dá sentido à crença no inacreditável. Eu acredito no novo, no que virá. Acredito na força-vida que alimenta minha fé; alimenta a crença de que eu mereço e posso ser feliz. Alimenta a crença na realidade do inacreditável. Por fim, quero dizer que o que sonho não sonho apenas para mim, meu sonho também é com e para os outros. Nos meus sonhos está minha família, meus amigos, os jovens, as crianças, os que já estão sem sonhos e sem fé no inacreditável. Que essa seja uma oração em comum: Cremos e vemos o impossível; acreditamos no inacreditável; recebemos o impossível.

NOGUEIRA, Valdir.
DbNog.


[1] Como bem se sabe, Paulo Freire defendeu com propriedade a ideia dos inéditos-viáveis. O inédito enquanto o inesperado, o não-pensado. 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Tempo certo, hora certa, lugar certo. Só eu não sabia se estava certo.

NOGUEIRA, Valdir
DbNog. 

quinta-feira, 5 de maio de 2011


Salvador Dali - O nascimento do novo homem


Uma mudança profunda no modo de ver, entender e habitar o mundo, passa antes, pelo enfrentamento e mudança que o homem deverá fazer em  si mesmo. 


NOGUEIRA, Valdir
Db.Nog.